A Polícia Civil deflagrou nesta terça-feira (9) a Operação Lance Final, que mirou uma organização criminosa especializada no chamado Golpe do Falso Leilão. A ação contou com a 3ª Delegacia de Polícia de Canoas (2ª DPRM), apoio do Ministério da Justiça (Ciberlab/SENASP) e da Polícia Civil de São Paulo.
Foram mobilizados cerca de 80 policiais civis em uma operação interestadual que cumpriu 16 mandados de busca e apreensão e 12 prisões temporárias nas cidades de São Paulo e Itanhaém (SP).
Como agiam os criminosos
Segundo as investigações, os golpistas criavam sites falsos de leilões, simulando plataformas oficiais para enganar compradores. O esquema envolvia:
- Clonagem de anúncios de veículos de leilões legítimos;
- Anúncios patrocinados para aparecer no topo das buscas;
- Ambiente virtual convincente, com documentos falsificados, endereços e até nomes de leiloeiras reais;
- Contato via WhatsApp, conduzindo negociações até a transferência bancária.
Após o pagamento, as vítimas eram deixadas sem o bem arrematado e sem chance de recuperar o valor. Em Canoas (RS), pelo menos duas pessoas perderam juntas R$ 100 mil.
Impacto e declarações
De acordo com a delegada Luciane Bertoletti, o objetivo principal foi desarticular a rede criminosa e proteger a população contra golpes digitais, que se multiplicam em todo o país.
O diretor da Delegacia Regional de Canoas reforçou que se trata de uma organização criminosa bem estruturada, com atuação em diversos estados, operando de forma profissional e causando grandes prejuízos à sociedade.
O delegado Reschke fez um alerta:
“Ofertas boas demais para ser verdade geralmente escondem fraudes. É essencial verificar as credenciais de sites e leiloeiras apenas nos canais oficiais.”
Prevenção
A Polícia Civil reforça que a conscientização da população é fundamental. Consultar sempre os portais oficiais de órgãos públicos e leiloeiras credenciadas é a maneira mais segura de evitar cair nesse tipo de golpe.