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Financiar um veículo, contratar consórcio ou comprar de leilão? Veja as opções!

Comprar um carro para uso diário não é um investimento. A menos que você precise de um veículo para trabalhar como motorista de aplicativo, o resto é uma despesa. Mas se um carro faz sentido nas suas necessidades diárias, é hora de pensar em como adquiri-lo. Tudo depende da sua necessidade atual.

Como temos conhecimento, os preços dos carros dispararam em 2021. Hoje, o modelo zero quilômetro mais “acessível” do mercado começa em R$ 60 mil.

Partirmos do princípio que estamos falando de uma pessoa que não conseguirá guardar dinheiro para realizar a compra do veículo. Separar um valor mensalmente é o mais indicado para quem possui um controle financeiro maior.

Para a compra parcelada existem duas modalidades: financiamento ou CDC, geralmente com valores pré-estabelecidos, e consórcio, mais comum em parcelas reajustáveis.

A escolha do consórcio e empréstimo depende do momento

Não dá para dizer de cara qual é o melhor. Tudo depende da hora e situação. Não há uma escolha perfeita. A escolha entre financiamento e consórcio depende da situação do consumidor e do cenário em que ele está inserido.

A pessoa vai escolher o empréstimo se precisar do ativo no curto prazo. E, em geral, ele pode escolher o consórcio para uma compra mais planejada e esperar até ter aquele carro. Se precisar do imóvel em pouco tempo, o consórcio quase nunca valerá a pena.

Financiamento e consórcio são duas coisas diferentes. Assim como comer uma pizza ou um hambúrguer. Um não é melhor do que o outro. Tem dia que dá vontade de comer um hambúrguer. Neste caso, não é a vontade, mas as condições. A pessoa tem que ver qual produto se encaixa melhor.

Como funciona o consórcio

Enquanto no CDC você sai da loja, o consórcio pode fazer você esperar anos para pegar o carro. Há uma metáfora aí.

Imagine que você e seu amigo não tem dinheiro para comprar um carro. Mas ele tem metade do dinheiro, e você também. Que tal vocês dois juntarem as metades? Sem pagar juros, vocês fazem um sorteio e um dos dois terá um carro imediatamente. Essa é a ideia do consórcio. Tem gente lá que paga uma pequena taxa, essas pequenas taxas juntas compram um carro que já serve para alguém.

No primeiro ano o veículo é de um e no ano seguinte, do outro. Ambos precisam pagar todos os meses até terminar, para não haver risco do crédito. Economicamente falando, a ideia do consórcio faz total sentido.

Indo para o mundo real, quem arca com esses riscos é o banco. É normal que quem administra o consórcio, para o qual trabalha, receba uma taxa administrativa. Mas a crítica de doutorado não é a forma.

Ainda é um serviço caro. As taxas são altas. Não queremos entrar no argumento de que os bancos estão cobrando muito juros nos financiamentos. Pode-se justificar que o índice de inadimplência no Brasil seja muito alto, unido a sede dos lucros trimestrais dos bancos públicos e privados.

Para ele, taxas administrativas até 10% estão mais do que razoáveis. De 10 a 15% virou um padrão de mercado. Mas acima de 15%, em sua opinião, não vale a pena.

Os especialistas concordam que comprar à vista é o melhor.

“Mesmo colocando o custo de oportunidade, a menos que você, óbvio, consiga triplicar o patrimônio, é melhor do que financiado ou por consórcio”, diz o consultor da Planejar.

Daí o motivo para dizer que o consórcio funciona para pessoas que não conseguem poupar de jeito algum.

“Aquele boleto do consórcio é uma coisa que obriga a pessoa a fazer a poupança. Você tem lances e uma série de coisas que tornam o consórcio um produto muito específico”, diz Carlos Campani.

Carlos compara o consórcio aos conceitos de teoria dos jogos: a cada período, você tem o veículo. Começa o jogo. Se der um lance baixo, não consegue o carro. Se der um lance alto, quanto estimar o valor?

“A maioria das pessoas, naturalmente, não tem conhecimento da teoria dos jogos. Elementos probabilísticos e estatísticos para aplicar, para saber se está caro ou não. É uma conta muito difícil para ser feita”, comenta Campani.

Você pode perguntar e dizer que vai tentar antecipar o carro. Cuidado. Nélio Costa faz uma comparação: No CDC, para um carro de R$ 100 mil, por exemplo, se alguém pagasse 60% e comprasse os outros 40%, pagaria juros de R$ 40 mil.

No consórcio, a taxa cobrada é baseada no valor da carta, que neste caso é de R$ 100 mil. Mas essas taxas (administrativas, reservas e seguros) são distribuídas por 48 ou 60 meses.

Se um consumidor fizer uma oferta (fixa ou gratuita), ele paga uma taxa sobre um valor que já possui (em média, 40 a 60% do valor da carta).

“Enquanto o financiamento tem juros por um período sobre um valor contratado, no consórcio, a taxa é paga sobre o valor total do bem”, explica Costa.

Mas para que a comparação seja justa, a diferença entre os juros e a taxa também deve ser considerada.

“No CDC os juros são, por exemplo, de 3% ao mês sobre o valor contratado, o que resultaria em algo como 300% em um período de 48 meses, enquanto no consórcio são pagos de 15 a 20% a carta durante todo o período”, acrescenta Nélio.

Alternativa mais em conta – Leilão

Se você ainda pesquisa um veículo, porém não pode pagar um consórcio ou financiamento por empréstimo por conta dos juros, existe uma outra possibilidade mais viável. O leilão.

É certo que os carros de leilão geralmente necessitam de alguma revisão, conserto de peças e etc. e o valor final do veículo fica abaixo de mercado pelo histórico de leilão. Porém é uma alternativa.

O que é importante tomar conhecimento é que o valor deve ser pago integralmente. Ou seja, não existe parcelamento de carro comprado via leilão. Após dar o lance vencedor você recebe um boleto para pagar o valor integralmente, em uma única parcela. Um fator positivo é que quase em todos os leilões de automóveis, os veículos não vem com dívidas junto ao DETRAN do estado.